Este texto contém um recorte da pesquisa de mestrado do primeiro autor, sob a orientação da segunda. Nele, temos como objetivo apresentar e analisar as formas com que a ideologia da certeza se manifesta em livros didáticos de Matemática brasileiros, em particular, nos capítulos de Geometria. Apesar de ser uma discussão antiga no campo da Educação Matemática, a ideologia da certeza se caracteriza, principalmente, pela compreensão do discurso matemático como puro, generalizador e rico em aplicações, o que vemos como uma (...) discussão ainda atual. Escolhemos analisar a Geometria presente nos livros didáticos por se tratar de um tema de interesse do nosso grupo de pesquisa, e ainda porque na revisão de literatura empregada na pesquisa de mestrado, nenhuma investigação semelhante a essa foi encontrada. Partindo de uma análise documental, investigamos os capítulos de Geometria de duas coleções de livros didáticos destinados ao Ensino Médio brasileiro, buscando estudar todo o seu conteúdo. Nesses livros há tanto o conteúdo destinado aos estudantes, com os conceitos, os exemplos, os exercícios, entre outros, quanto as orientações didáticas para os professores, que abarcam aspectos sobre a utilização do material, textos informativos, respostas dos exercícios etc. Ao interpretar os dados, identificamos que a ideologia da certeza se manifesta nos capítulos escolhidos por meio da estrutura elaborada por seus autores, em que a partir da exposição de um conceito geométrico, exemplos de aplicação são inseridos, sendo seguidos por exercícios. Esse padrão ‘conceito, exemplo e exercício’, em nossa visão, encontra respaldo na construção do próprio conhecimento geométrico. Também identificamos que a partir de contradições entre o que se espera do estudante e o que é apresentado ao professor, o desenvolvimento do discurso dado pela ideologia da certeza é ainda mais reforçado. Entendemos que questionar e enfraquecer a ideologia da certeza torna-se um desafio que não fica limitado ao exposto pelos livros didáticos, mas deve fazer parte da agenda política, social e cultural da Educação Matemática. Desse modo, críticas e reflexões para com o conhecimento matemático discutido em sala de aula carecem de considerar de que maneiras a ideologia da certeza se manifesta e de que formas ela pode ser enfrentada. (shrink)

Este texto é a síntese de alguns anos de estudos e de pesquisas onde as proposições da Biologia-cultural, da Biologia do Amor e da Biologia do Conhecimento, do pensador chileno Humberto Maturana Romesín (1928-2021) serão tomadas como a principal referência epistemológica. Nosso objetivo principal é fazer uma reflexão sobre o entendimento do processo de aprendizagem como um devir Biológico-cultural e que se realiza num contexto ecológico de aprendizagem. A ênfase de nossa reflexão neste momento será no sentido de contribuir para (...) a construção de um processo de _aprendizagem humana_, que tenha como ponto de partida alguns fundamentos, tais como: a cooperação, o respeito mútuo, a colaboração, a aceitação mútua, reconhecimento da legitimidade e dignidade do outro(a), o deixar aparecer, enfim, uma educação na qual a aprendizagem tenha como orientação o amar. (MATURANA, DÁVILA, 1997, 2009, 2005, 2016, 2019, 2021). Neste texto refletiremos a proposição de Maturana do amor como o princípio epistemológico para a construção de uma aprendizagem que privilegie a cooperação entre os seres humanos e não a competição. Nosso argumento principal provém da proposição de que a competição pressupõe, via de regra, a negação, o aniquilamento, a anulação do outro. Nossa proposta está ancorada na proposição apresentada por Maturana de que nos construímos humanos não pela competição, mas, sim, pela cooperação. Para concluir, e como forma de viabilizar essa aprendizagem, apresentamos o que denominamos dos três momentos da aprendizagem, a saber: o conhecer, o entender e o compreender, onde_ Conhecer_ é conseguir descrever o fenômeno (problema/conflito) que se apresenta no contexto do cotidiano vivido; (2) _Entender __-_ é perceber, as relações sistêmicas/ecológicas relacionais no contexto local onde os fenômenos acontecem e (3) _Compreender -_ é perceber a trama sistêmica relacional onde o fenômeno ocorre para dar-se conta das suas possíveis consequências. Compreender é dar-se conta de onde, como e quando deveremos atuar no sentido de evitar e/ou resolver um determinado problema que surja no local e com a particularidade com a qual acontece. (shrink)

Recently, the second author, Briseid, and Safarik introduced nonstandard Dialectica, a functional interpretation capable of eliminating instances of familiar principles of nonstandard arithmetic—including overspill, underspill, and generalizations to higher types—from proofs. We show that the properties of this interpretation are mirrored by first-order logic in a constructive sheaf model of nonstandard arithmetic due to Moerdijk, later developed by Palmgren, and draw some new connections between nonstandard principles and principles that are rejected by strict constructivism. Furthermore, we introduce a variant of (...) the Diller–Nahm interpretation with two different kinds of quantifiers, similar to Hernest’s light Dialectica interpretation, and show that one can obtain nonstandard Dialectica by weakening the computational content of the existential quantifiers—a process called herbrandization. We also define a constructive sheaf model mirroring this new functional interpretation, and show that the process of herbrandization has a clear meaning in terms of these sheaf models. (shrink)

Resumen La metáfora de la "descomposición" domina aún nuestra manera usual de pensar el análisis conceptual. Se trata de una herramienta muy útil para pensar este proceso tan abstracto, pero tiene limitaciones importantes. Por ejemplo, nos hace pensar que los componentes de un concepto deben estar en algún sentido contenidos en él o que la única manera en que dos conceptos pueden estar relacionados es que uno contenga al otro. Estas limitaciones no nos permiten dar cuenta de conceptos complejos cuya (...) estructura no es tan simple, como los de color o de medida. Por ello es tiempo de superar esta metáfora y pensar al análisis conceptual no sólo como descomposición, sino también como la asignación de diferentes funciones a los componentes de un concepto.Our customary way of thinking about conceptual analysis remains dominated by the metaphor of 'containment', which has certainly been very useful, but which also has important limitations. For example, it makes us think that the components of a concept must be, in some sense, contained in it or that the only way that two concepts can be related is if one contains the other. These limitations have not allowed us to account for concepts whose structure is not so simple, such as the concepts of color or measurement, among others. It is time, therefore, to overcome this metaphor and think of conceptual analysis not only as decomposition but also as the assignment of different functions to the components of a concept. (shrink)

Em vista da grande multiplicidade de linguagens e considerando que a alfabetização é uma importante prática de letramento na constituição da criança, este artigo tem o objetivo de identificar o tipo de abordagem dado à imagem em um livro didático do 1º ano, aprovado pelo PNLD. O intuito é discutir em que medida a amostra analisada favorece uma leitura compreensiva e crítica do texto imagético. Para tanto, as ponderações foram realizadas por meio de uma epistemologia interpretativa, à luz da teoria (...) dos letramentos sob uma perspectiva sociocultural, e também a partir da sintaxe da linguagem visual, que pode trazer uma contribuição positiva às análises discursivas visuais. A pesquisa indica que a imagem é proposta a partir de perspectivas socioculturais; que as atividades de leitura favorecem o letramento visual e que a condução do professor pode fazer diferença nas abordagens e leituras.Considering the multitude of languages and the fact that beginning literacy is a key literacy practice in children's education, we aim at identifying how images are approached in a textbook used in the first grade of elementary school and accredited by Brazil's National Textbook Program. We also seek to discuss the extent to which the analyzed sample provides a comprehensive and critical reading of visual texts. The analysis was done based on interpretive epistemology, the sociocultural approach to literacy, and visual language syntax, which can contribute positively to the analysis of visual discourse. We concluded that the image in the sample is presented from sociocultural approaches, that the reading activities foster visual literacy, and that teachers' support plays a significant role in adopting approaches to reading and in conducting reading activities per se. (shrink)

Contributed articles with reference to India.

Is there a notion of domain specificity which affords genuine insight in the context of the highly modular mind, i.e. a mind which has not only input modules, but also central ‘conceptual’ modules? Our answer to this question is no. The main argument is simple enough: we lay out some constraints that a theoretically useful notion of domain specificity, in the context of the highly modular mind, would need to meet. We then survey a host of accounts of what domain (...) specificity is, based on the intuitive idea that a domain specific mechanism is restricted in the kind of information that it processes, and show that each fails at least one of those constraints. (shrink)

En "Elementos esenciales de una hermenéutica analógica", Mauricio Beuchot trata de ubicar su hermenéutica analógica como una posición intermedia entre lo que él llama el univocismo y la hermenéutica alegórica. En este comentario busco mostrar, tomando como punto de partida que los objetivos teóricos de la hermenéutica no se encuentran muy distantes de los de las teorías analíticas de la interpretación, que el debate sobre el papel de los elementos extralingüísticos en la interpretación es mucho más complejo de lo que (...) el trilema de Beuchot sugiere. In "Essential Elements for an Analogical Hermeneutics", Mauricio Beuchot seeks to place his analogical hermeneutics in a position between what he calls univocism and allegorical hermeneutics. In this commentary I intend to show, taking into account that the theoretical goals of hermeneutics are not so different from those of analytical theories of interpretation, that the debate over the role played by extralinguistic elements in interpretation is much more complex than what Beuchot's trilemma suggests. (shrink)

Derived from a rat model, the theory of Sagvolden et al. offers an all-explanatory model of attention-deficit/hyperactivity disorder (ADHD) anatomy, behaviour, and cognition as being caused predominantly by a hypo-dopaminergic mesolimbic (affecting the mesocortical and nigrostriatal) system, leading to abnormal reward and extinction processes. This model suffers from oversimplification and reductionism, reflecting the limitations of the use of animal models to explain higher mental disorders.

Feminist scholars have identified how race and gender discourses influence the creation and implementation of school-based sexual health education and the provision of health care, yet there are few studies that examine how race and gender work in sexual health promotion as it occurs through community-based public health efforts. Drawing on three years of ethnographic research in a low-income Puerto Rican community, this article demonstrates how a gendered racial project of essentializing Latinx culture surrounding young women’s sexuality and reproduction works (...) to both obscure and reinforce race and racism in sexual health promotion. Professional stakeholders mobilize culture as an explanation for high birth rates among young Latinas in the city and reproduce a “Latino culture narrative” in which Latina gender and sexuality is understood as deterministic and homogenous. Simultaneously, an ideology of colorblindness enables the uncritical promotion of long-acting reversible contraception and obscures the history of reproductive oppression experienced by women of color. I consider how colorblindness and culture narratives allow stakeholders to abdicate responsibility for gendered racial inequality and conclude by advocating for the incorporation of racial and reproductive justice frameworks in sexual health promotion. (shrink)

Multidimensional practical demand has made Islamology one of the most "trendy" branches of Oriental studies and has created a host of serious difficulties and problems associated with an adequate scientific response to the "Islamic challenge". Excessive politicization of the study of such a phenomenon as Islamic fundamentalism, radicalism in the world, undoubtedly, undermines the true scientific knowledge, preventing the specialists from understanding this complex phenomenon.

Este breve ensayo se inscribe en la tradición de buscar similitudes entre los epítetos y otros fenómenos lingüísticos, tanto inofensivos como discriminatorios. En particular, trataré de motivar la introducción de una distinción entre el blanco de un epíteto y su extensión y mostraré cómo esta distinción nos sirve para ver similitudes entre el comportamiento de este tipo de expresiones y el del complemento “de verdad” en expresiones como “tacos de verdad”. De paso, trataré también de explorar si estas teorías, desarrolladas (...) en su mayor parte en los Estados Unidos de América, sirven de herramienta teórica para dar cuenta de como ciertas expresiones contribuyen a la exclusión y discriminación de grupos minoritarios en nuestro contexto, es decir, en el castellano de México. (shrink)

Cuando pensamos en el análisis de un concepto, de una teoría o de un argumento, de inmediato nos vienen a la mente metáforas descomposicionales: pensamos en descomponer el concepto en sus condiciones necesarias y suficientes, la teoría en sus teoremas o conceptos y el argumento en sus premisas y conclusiones. Si bien esta metáfora ha sido muy útil a lo largo de la historia de la filosofía occidental, no podemos basar sobre ella una buena metodología filosófica, sino que necesitamos una (...) caracterización más rigurosa, una que no sólo revele los alcances y límites de la metáfora descomposicional, sino que también nos indique cómo podemos superarlos y desarrollar una herramienta de análisis más poderosa. En este libro, Axel Barceló ofrece precisamente eso: una teoría del análisis que hace justicia tanto a las fortalezas y debilidades de la concepción clásica en términos de condiciones necesarias y suficientes, como a los métodos de análisis más recientes que, con base en nociones como las de orden, estructura y escala nos permiten generar análisis más complejos y sofisticados de fenómenos como la vaguedad, la estructura lógica de los colores y las relaciones no simétricas, entre otros. (shrink)

O recasamento tem ocorrido com bastante frequência, principalmente como decorrência do número de separações e divórcios. Nesta pesquisa, buscou-se compreender a percepção dos filhos ante as mudanças ocorridas em suas vidas devido ao recasamento, de um ou de ambos os genitores, especialmente, no que ..

En este artículo se pretende explicar las líneas generales de la obra filosófica de Germain G. Grisez desde el primer principio de la razón práctica de Santo Tomás hasta la construcción de los bienes básicos. Grisez, a través de sus artículos, intenta una lectura radical de Santo Tomás y pretende mostrar que la inclinación teleológica aristotélica puede ser también entendida deontológicamente, siguiendo la obra de Kant, y que el primer principio de la razón práctica permite que la ley natural proteja (...) toda una serie de bienes en los que se manifiesta el bien supremo que es Dios. Entre los bienes básicos, se estudia con mayor detenimiento el de la religión, mostrando diferencias y semejanzas con la obra de Kant.This article intends to explain the broad lines German G. Grisez’s philosophical work from the first principle of practical reason of St Thomas to the construction of basic goods. Grisez through his articles attempts a radical reading of St Thomas and aims to show that theological Aristotelian inclination can be also understood in a deontological way following the work of Kant and, that the first principle of practical reason allows natural law to protect a range of goods in which God, the supreme good, is shown. Among the basic goods, religion is thoroughly studied, showing differences and similarities with the work of Kant. (shrink)

Observational indications combined with analyses of analogue and emergent gravity in condensed matter systems support the possibility that there might be two distinct energy scales related to quantum gravity: the scale that sets the onset of quantum gravitational effects $E_{\rm B}$ (related to the Planck scale) and the much higher scale $E_{\rm L}$ signalling the breaking of Lorentz symmetry. We suggest a natural interpretation for these two scales: $E_{\rm L}$ is the energy scale below which a special relativistic spacetime emerges, (...) $E_{\rm B}$ is the scale below which this spacetime geometry becomes curved. This implies that the first ‘quantum’ gravitational effect around $E_{\rm B}$ could simply be that gravity is progressively switched off, leaving an effective Minkowski quantum field theory up to much higher energies of the order of $E_{\rm L}$ . This scenario may have important consequences for gravitational collapse, inasmuch as it opens up new possibilities for the final state of stellar collapse other than an evaporating black hole. (shrink)

Neste artigo analisamos a arte na perspectiva de Jean-Paul Sartre. A partir de sua obra Que é a literatura? demonstramos como as artes se distinguem e porque o escritor pode ser mais engajado que os demais artistas. Para o filósofo francês é possível dizer de arte significante e arte não-significante. A poesia, a pintura e a escultura são não-significantes enquanto que a literatura, por lidar com signos, é significante. Existe uma escolha comum a todos os artistas, contudo, a opção pela (...) arte significante como forma de desvelar o mundo tem um sentido mais profundo que Sartre procurou esclarecer. Além disso, procuramos mostrar o que faz de uma obra de arte um objeto estético. (shrink)

Por meio da análise da consciência e da formação do imaginário, Jean-Paul Sartre faz um percurso que demonstra como acontece a formação da obra de arte, isto é, do objeto passível de apreciação estética. Explica que existem diferentes motivações que desencadeiam a atuação da consciência imaginária assim como há diferença entre as obras de arte. Além disso, por meio do movimento fenomenológico, explica como o para-si percebe-se como um nada e, dessa forma, tem a compreensão da própria realidade.

My goal is to illustrate Descartes’ reliance on two quite different and competing interpretations of objective reality by explaining how each is used in defending his causal axioms. The initial criticism comes from Caterus (and is later taken up by Gassendi) who charges that Descartes makes it appear as if the thought in its objective aspect (the intentional entity) is really distinct from the thought qua modification of the mind (i.e., the thought in its formal aspect). This implies that the (...) object-of-the-thought is actually distinct from the thought-of-the-object in which case, (a) Descartes cannot account for the purported relation between the two, and (b) the intentional entity must exemplify properties which belong neither “immaterially” to mental substance nor concretely to physical substance. Descartes rejects Caterus’ assessment of his position: he has not introduced a fourth kind of real entity into the causal order distinct from the mind, its modifications, and the physical object thought of. However, in responding to Caterus, Descartes implicitly appeals to a Suarezian theory of intentionality in which reference to the ostensibly separate reality of the objective entity is reducible to the formal concept: the thought-of-the-object is not really distinct from the object-of-thought. Clearly, Descartes cannot explicitly use the Suarezian theory because it relies on a system of causal explanation (the doctrine of the species “flitting through the air”) which Descartes rejects on scientific grounds. I shall argue that Descartes is committed to a notion of the “form” of the mind, viz., a modification of mind, which should allow for a non-relational modeling of the thought qua modification of the mind and its intentional object, but that he cannot consistently attribute to mental acts enough structure to support his theory. (shrink)

ABSTRACT Banks provide a valuable but inherently unstable combination of deposit‐taking and lending functions that were successfully held together for several decades after the New Deal by tough banking rules. The weakening of the rules after the 1970s promoted the displacement of traditional relationship‐based banking with securitized, arms‐length alternatives that encouraged banks to undertake activities about which bankers lacked deep relationship‐based knowledge of the risks. Ironically, this risky behavior, encouraged by loosened regulation, was reinforced by progressively tightened securities regulation, which (...) promoted stock‐market liquidity but also deprived large banks (and other publicly traded companies) of oversight by investors with “insiders’” knowledge. Both the underregulation of banking and the overregulation of securities were underpinned by economic theories that favored blind diversification in liquid, anonymous markets, and that ignored the value of relationship‐based knowledge and case‐by‐case due diligence. (shrink)

Beginning with one of the most remarkable characteristics of cyber art, ‘interactivity’, in a context of generalized hybridization of the procedures and technological devices available in the current hyper-technological era, this article will highlight the festive dimension within contemporary artistic practices, especially in its technological and digital components. In order to take both its ‘creationist’ and ‘reflexionist’ aspects into consideration, the proposed interpretation will adopt as its starting point the questions introduced by classical anthropology about festivity: What establishes community in (...) cyber art? Which kind of community is established there and what is sacrificed in digital or cybernetic art? These questions are articulated with the discussion proposed by Hans-Georg Gadamer and Richard Schechner about the task of building the reflexive play that is found in the work of art as such. The purpose is to gradually present, throughout the article, the peculiarity of the experience of ‘the festive’ in computing and numerical arts. (shrink)

In attempting to integrate the authors' proposed model with results from analogous human event-related potential (ERP) research, we found difficulties with: (1) its apparent disregard for supraordinate representations at posterior multimodal association cortices, (2) its failure to address contextual task effects, and (3) its strict architectural dichotomy between memory storage and control functions.

This article deals with self-knowledge of beliefs. There are several mental states with their own peculiarities. Desires, judgments, feelings, emotions and beliefs. The focus of the article is on the know-ledge of one’s beliefs. Self-knowledge has characteristics, namely, first-person authority, aprioristic character, cognitive-discriminative capacity, infallibility, omniscience, asymmetry between the first and third person and impossibility of misuse of the pronoun “I” (SILVA FILHO, 2013, p. 33, n.2). In the everyday realm of common sense, there is no doubt about the self-attribution (...) of beliefs, but concepts are not always used correctly, that is, there is an incomplete unders-tanding of one’s beliefs. However, does attributing rationality to the agent require knowledge of one’s beliefs? According to Coliva (2016), there are dispositional beliefs and as commitment. With respect to the first type of belief, the agent has no epistemic responsibility, with the second yes. Therefore, self-knowledge of doxastic beliefs as commit-ment requires rationality of the epistemic agent, because there is the epistemic responsibility of the rational agent. (shrink)